Com o objetivo de entreter e acalmar o filho, que é autista não-verbal, ela pedala todos os dias cerca de 5 horas com o garoto. Ele tem 10 anos, e acompanha a mãe no seu hobbie preferido: passear pelas ruas sentindo a brisa bater em seu rosto.
Suellen Cristina Budenetz, tem 29 anos, sai de casa e pedala com o filho Gabriel. Eles voltam para casa, lancham, pegam a bike e saem de novo, para mais duas horas e meia de passeio, todos os dias.
Uma rotina para essas crianças são de extrema necessidade.
Foi uma forma de acalmar o garoto e o deixar mais feliz, diagnosticado com um quadro de autismo severo.
“O brinquedo dele é um pedaço de bicicleta velha que costuma girar os pedais e ver o movimento da roda”, conta Suellen.
O caminho da Suellen até aqui não foi fácil como mãe, mas pra ela, tudo isso é recompensador. Ela relembra que durante a gravidez, descobriu que o filho tinha hidrocefalia (dilatação da cabeça nos bebês). “Foi um susto atrás do outro, não sabia o que isso poderia significar na vida dele”, afirma ela de acordo com o site A SOMA DE TODOS OS AFETOS.
Uma médica havia sugerido um aborto na época, mas ela não aceitou. Gabriel ficou na UTI por três semanas mais 45 dias para a realização de inúmeros exames. “Entrava na maternidade chorando, em todos os dias que fui visitar meu filho.” ela afirma. Mas logo o garoto foi para casa.
Pensar que o filho um dia terá que pedalar sozinho corta o coração dessa mãe. “Só a mãe tem paciência. Paciência para fazer comer… Tem dias que preciso insistir para que ele coma direitinho. Faço isso pelo amor de mãe que sinto por ele, sou perseverante. Sei que, dificilmente, outro fará.“. Essa afirmação me cortou o coração.